VAMOS NOS ERGUER (013)

Amigos

Nas quedas, deve ser curto, curto não, curtíssimo, o tempo em que permaneçamos no chão.

O quanto antes a gente deve se erguer. A fé cristã católica incutiu em muitos de nós o arrependimento como primeiro passo após um erro cometido. Certo. A gente deve se arrepender, sim. Mas, deve se arrepender rapidinho, enquanto se ergue da queda que deu. E assim que acabar de se erguer e bater a poeira no curso do arrependimento, deve “engatar uma segunda” modificando a condição que nos levou ao erro.

Quando um disco “bolachão” arranhado ficava retendo a agulha a gente imediatamente dava aquele tapinha para ele seguir. Arrependimento sem mudança pessoal é como deixar a agulha voltando e voltando e voltando, no disco rachado

O arrependimento pode ser mesmo aquela caída de ficha, pois a queda sacoleja tanto a máquina que a ficha cai. E o tapinha providencial será o propósito de não errar mais.

Deus não faz contabilidade de pecados mas, sem dúvida deve vibrar a cada vez que nos arrependemos e nos reerguemos, de novo, outra vez e sempre!

O erro, pode ser quem abra o placar deste jogo da vida. Agora, empatar é com a gente. Manter o jogo empatado é equilíbrio puro.

Portanto, ergamo-nos. Essa é que é nossa posição na vida: erguidos.

“Levantar-me-ei e irei ter com meu pai...” – (Lucas, 15:18.)

Quando o filho pródigo decidiu voltar à casa do pai, no seu íntimo, ele resolveu levantar-se.

Sair da caverna escura da preguiça para o campo de luta regenerador.

Levantar-se do chão frio da paradeza para o calor da ação reformadora.

Subir do baixio da indecisão para a montanha do serviço construtivo.

Correr das trevas e adentrar na luz.

Fugir da posição negativa e envolver-se em refazer as próprias ideias.

Ele se levantou e partiu no rumo da casa do pai.

Mas quantos de nós - filhos pródigos da Vida, depois de queimar a valiosa herança - clamamos pela ajuda do Senhor, conforme nossos baixos desejos, para sermos satisfeitos? Quantos de nós voluntariamente descemos ao abismo e, de lá, atolados nas nossas paixões, exigimos de Deus que se faça presente para atender nossos caprichos?

Se é verdade, no entanto, que estamos empenhados em nos levantar fiquemos de pé e retiremo-nos do lugar que desejamos abandonar.

Aperfeiçoamento pede esforço.

Para ver a paisagem dos altos montes é preciso subir lá.

Se desejamos a Vida Superior temos de andar para a frente, caminhando nos padrões de Jesus.

- Vou me levantar disse o moço da parábola.

– Levantemo-nos, vamos repetir.

  

(FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)