Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

domingo, 29 de maio de 2011

SEPULCROS ABERTOS (51)

Emmanuel pegou pesado, aqui na questão do personalismo.
Nós devemos, sim, ser personalistas quando for no sentido de entender pessoalmente, mesmo, os princípios que o Evangelho e Jesus dá para quem quer referenciar os passos da vida pela senda do Bem. Entregar este serviço a uma Igreja, a um credo qualquer – o tal “se entregar a Jesus” – é uma roubada sem tamanho. Isto porque estaremos delegando para outro a tarefa de pensar nossos pensamentos e como cada um só sabe de si – e “mal-e-mal” – quando ele escolher mal para si fará o mesmo para nós.
Nós, quando deixamos o estágio de ter só “flashes” de pensamento para termos pensamento contínuo, saltamos do reino animal para o reino hominal. Somos agora pensantes e que sabem que são pensantes – homo sapiens, sapiens – mas, para darmos o salto para a angelitude temos de qualificar este pensamento contínuo fazendo com que ele se fixe no Bem.
Porém, é só a gente dar uma crescidinha na vida para ficar animado demais pensando que “somos apenas o máximo”. Aí, começamos a ver que Fulano se equivoca... que Beltrano se engana completamente... e que Cicrano não sabe aonde tem a cabeça... Daí que, quando a gente começa a ver pelo em ovo e a achar que todo mundo está errado e “eu, num tô”, nós nos tornamos qualquer coisa, menos um ser pensante, consciente e produtivo do Bem.
Precisamos nunca esquecer, amigos, que cada um de nós por si, pode até valer alguma coisa, construirmos uma personalidade brilhante, possuirmos uma palavra cativante e rica e se dar bem aqui e ali. Mas quando nos juntamos com Jesus cada um de nós é insuperável em si mesmo na capacidade de enriquecer a si e aos outros.
Com Jesus a retaguarda primorosa garante o desempenho de quem resolveu agir o Bem na vida. Trocaremos a impressão de sepulturas abertas para jardins perfumados.

“A sua garganta é um sepulcro aberto.” – Paulo. (Romanos, 3:13.)

Falando dos espíritos transviados da luz, Paulo afirmou que eles teem a garganta semelhante a um túmulo aberto e, nessa imagem, podemos enquadrar muita gente que se afasta do caminho seguro do Evangelho para os caminhos desacertados do personalismo criminoso.
Logo se assentam no império escuro do “eu”, esquecendo as obrigações que nos voltam apara o Reino Divino da Universalidade, a garganta deles vira um verdadeiro túmulo aberto.
Fazem vir pra fora tanto fel que se imaginam seus corações como um jarro de lodo, daí então só sintonizam o que não presta e ainda enchem a paciência de vizinhos, amigos e companheiros. Só enxergam os defeitos, os pontos fracos e doentios das pessoas de boa-fé com quem andam. Fazem longos comentários das feridas alheias mas não as tratam para curá-las. Gastam um tempo enorme fofocando e maldando as intenções dos outros. Imaginado coisas ruins, enchem a cabeça com quadros deprimentes, cheios de suspeita e de mentalizações malévolas. Principalmente, se queixam de tudo e de todos. Projetam emanações entorpecentes de má-fé, estendendo o desânimo e a desconfiança contra a prosperidade da santificação, por onde passam, queimando as flores da esperança e aniquilando os frutos imaturos da caridade.
Este tipo de aprendiz, profundamente desventurados pela conduta a que se adotam, parecem, de fato, sepulturas abertas... Exalam podridão e os tóxicos da morte.
Quando você se desviar pro chão liso das lamentações e das acusações, quase sempre sem razão, reveja seus passos espirituais e recorde que a nossa garganta deve se consagrar ao bem, pois assim, por ela só passará o verbo sublime do Senhor.


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quinta-feira, 19 de maio de 2011

AVANCEMOS (050)

Emmanuel leu este trecho da carta de Paulo como devemos ler, hoje.
A consciência que o saber dos espíritos nos deu para viver de modo cristão mostra que continuamos mais ou menos do mesmo jeito. Continuamos os “nenenzinhos” chorosos de Deus. O que mudou foi o tipo de desculpas que damos para justificar nossa paradeza.
Porque,
se travamos chorando alguém que se foi;
se travamos pela incompreensão alheia;
se travamos pela covardia de quem nos deixa sós na luta;
se travamos porque o eleito ente amodo não nos dá o mesmo trato;
se travamos à espera da “mega-sena” ou do “emprego federal” que não ficou de vir;
se travamos pela incompreensão alheia;
se travamos pelo “erro do próximo”;
se travamos, de joelhos, batendo no peito um “mea culpa” sem-fim
é porque nossa luz está focando errado, meu irmão.
Quando a gente se debruça na vida para fazer as coisas, só devemos ter compromisso com a consciência limpa e com o esforço honesto. É o “dar o melhor de si”. “Sucesso” ou “fracasso” são outros quinhentos porque não dependem de nós.
Quem dá o melhor de si em qualquer momento chegou à perfeição possível naquele momento dado, chegou ao ponto que abandonou a chupeta amarrada na ponta do “paninho-de-bunda” e deixou de ser um “nenenzinho” chorão de Deus para ser um parceiro efetivo de Jesus.
Vamos sair da sombra, abandonar a desculpa e trabalhar porque, isso, é bom pra mais de metro.


“Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam. avanço para as que se encontram diante de mim.” – Paulo. (Filipenses, 3:13 e 14.)

Na vida cristã, encontramos sempre grande número de irmãos que se desculpam de não fazer nada, por causa de terem sofrido desastres espirituais.
É um que trava-se chorando sem parar o ente querido chamado à transformação no mundo maior. É outro que trava-se diante da incompreensão de um amigo. É o missionário que trava-se por uma calúnia. É alguém que trava-se lamentando o companheiro que fugiu da boa luta. É o trabalhador do bem que trava-se estacionado na queixa sem-fim contra a amada que se foi e não considerou seu amor. É o idealista que trava-se sonhando com a sorte material grande para poder iniciar suas realizações. É o cooperador que trava-se por aguardar o emprego gordamente remunerado para poder se consagrar às boas obras. É a mulher que trava-se emaranhada no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos. É o colaborador que trava-se escandalizado com os defeitos do próximo. É alguém que trava-se numa culpa que descobre, gastando abençoado tempo em remorso inútil.
Porém, mesmo sendo o passado o guardião do bem que há nas experiências, isso não o torna o melhor condutor da vida rumo ao futuro. É imprescindível limpar o coração destas drogas entorpecentes que, às vezes, põem a mortalha numa alma que não morreu.
A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são coisas sagrados, mas não devem impedir a caminhada esforçada de nosso espírito para a Esfera Superior. Paulo de Tarso, que sabia bem como era a luta humano na intimidade do próprio coração, e que subiu ao ponto mais alto do apostolado com o Cristo, nos dá um roteiro seguro para o aprimoramento.
“Esqueçamos todas as derrotas de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam” – eis o que ele quis dizer ao povo de Filipos.
Centremos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.
Ninguém progride sem se renovar.


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sexta-feira, 6 de maio de 2011

UNIÃO FRATERNAL (049)

Nós, que somos cristãos, ao apregoarmos a união como modo de vida a ser buscado batemos de frente com o modo como se organiza a sociedade hoje – o modo de exploração do homem pelo homem, com base na competição.
Toda situação em que uma pessoa use de uma outra pessoa sem que esta tenha conhecimento, tenha consciência e tenha dado consentimento, faz uma apropriação indevida.
Porque, se de um lado a situação de vida é a mesma pra todo mundo, do outro cada um de nós é diferente. Um “pixel” que seja é o bastante para nos fazer únicos. Daí, qualquer relação que tenhamos com outra pessoa será uma relação desigual – pra mais ou pra menos – a pedir de nós tolerância ou que tenham tolerância conosco.
Quando nos convencermos de que somos imortais;
quando nos convencermos de que a terra é uma comunidade só;
quando nos convencermos de que a existência é laboratório;
quando nos convencermos de que a “salvação” é projeto coletivo dos Terranos;
haveremos de sepultar a competição e criar a cooperação.
Aí, a contenda dará lugar à paz dos espíritos unidos, de mãos dadas – um só rebanho e um só pastor – para viver o mundo novo tão esperado.


 “Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.” – Paulo. (Efésios, 4:3.)

Repare que, toda vez que você olha pro futuro distante, abrem-se mil caminhos diante dos olhos. Veja que são milhões de trilhas ao lado a sua, por isso não se esqueça qual é a sua e vá em frente, sem medo. Capaz que você gostasse que todos os caminhos dependessem do seu e, união para você, seria você no centro e os outros rodeando...
Olha, junte-se aos outros mas sem obrigar que eles se juntem a você. Pegue tudo que for útil e belo, santo e sublime e siga em frente... Veja que a nascente pega o riacho, o riacho entre no rio e o rio mergulha no mar. Unidade espiritual é serviço básico da paz.
Está vendo aquele que se dedica às crianças?
Vê o outro que ajuda aos doentes?
Percebeu o zelo daquele que trata dos velhos, dos jovens?
Vê aquele que condiciona o solo e educa os bichos?
Prestou atenção naquele que se tornou conselheiro do bem?
Seja compreensivo, sereno e honre a todos eles. Sabendo que o entendimento é a raiz que sustenta a árvore da união fraterna, vamos faze-la robusta e farta.
Não deixe que ninguém veja a vida pelos seus olhos. A evolução é uma escada sem fim e, cada um, vê a paisagem conforme o degrau em que está.
Se achegue a quem é do bem e ofereça o seu melhor, e ele responderá com o melhor também.
A guerra sempre é o fruto venenoso da violência e as brigas sem futuro nascem do autoritarismo.
A união fraternal é o maior sonho da alma humana, mas, só se realizará se houver respeito de uns aos outros, na harmonia, onde estivermos. E a gente só chega lá “procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz”.


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