Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

FIQUE CALMO (016)

Gente amiga

Pensar sobre a morte perturba a gente. Não tem jeito. O cristianismo passou muito tempo enchendo nosso juízo de idéias que nos fizeram crer que a vida eterna seria aqui mesmo. Ora, o “sangue de Jesus tem poder”! E haja sangramento de Jesus para vivificar tanto corpo apodrecido, apodrecendo ou por apodrecer. Por que será isso?
Por que será que a gente não se deixa logo convencer que somos uma essência eterna que se reveste e se desveste – sempre que precisa – de artefatos corporais com prazo de validade definido?
A teologia cristã primitiva disse que Deus soprou a vida na greda de barro e ela se tornou “nefesh” – ser vivente. Isto não é ciência histórica porque nosso avanço ainda não definiu isso. Não é testemunho de fato, porque ninguém esteve lá - estávamos sendo criados. Portanto, isso é mera suposição válida.
Hoje, caminhamos para a confirmação científica da vida no formato descrito pela Doutrina Espírita. Ela afirma que temos uma essência imortal que vem de um lugar, toma e governa um corpo carnal até o fim dele, e volta para o lugar de onde veio.
Somos “mutatis mutandis” de essência imortal. As experiências de quase morte – EQM – estão aí para ir comprovando aos mais dispostos aos menos teimosos.
Não somos almas encarnadas que vão “virar” espíritos quando morrerem. Não. Com medo de morrer ou não, gente amiga, nós somos espíritos e estamos na carne só por enquanto...
Não se perturbem.


“E o mandamento que era para a vida, achei eu que me era para a morte.” – Paulo. (Romanos, 7:10.)

Se a gente perguntasse ao grão de trigo o que ele achava do moinho, naturalmente que ele diaria que lá é uma casa de tortura aonde ele se aflige e sofre; no entanto, é lá que ele deixa de ser mera semente para ser pão sublime capaz de sustentar o mundo.
E se a gente pedisse à madeira que falasse do serrote, ela diria que ele é o carrasco de sua vida, a dilacerar suas entranhas; todavia, através das artes do tal carrasco, ela se faz delicada e útil para coisas sempre mais nobres.
Se for perguntada à pedra bruta o que ela diz do esmeril, ela vai dizer que ele é o mais odioso perseguidor de sua paz, que só faz feri-la dia e noite; entretanto, depois dos golpes ela se torna gema apreciada, aperfeiçoada e brilhante.
Assim é a alma. Assim é sua luta.
Se se perguntar ao homem sobre carne ele dirá talvez cobras e lagartos. Se a gente perguntar sobre a dor vamos ouvir velhos disparates verbais. E se ele for perguntado sobre a dificuldade vai derramar fel e pranto.
Mas, não dá para ignorar que de um corpo disciplinado, de dentro do sofrimento purificador e da dificuldade aflitiva, o Espírito se ergue sempre mais belo, mais forte e mais sábio para a vida sem-fim.
Por isso, não se perturbe diante da luta, e repara.
O que lhe parece derrota muitas vezes é vitória. E o que pareça lhe matar é investimento para seu lucro na vida eterna.


 (FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)

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