Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PELOS FRUTOS (007)

Amigos

A questão da essência e da aparência reporta a uma frase antiga: - "A mulher de Cesar (o imperador), além de ser honesta, tem de parecer que é honesta". Nos dias mais brandos de hoje - ou mais licenciosos, afrouxados - ela nos merece uma reflexão particular.
Nós temos uma essência íntima que, por vezes, nem nós conhecemos direito. Nos inserimos no mundo para evoluir por meio de múltiplas relações e este campo relacional se forma por uma faixa de tolerância entre a essência e a aparência de cada um de nós. É facultada a todos a possibilidade dessa discrepância para que, em todos haja folga suficiente para programar o ajuste gradativo até o casamento perfeito entre "aquilo que é" e "o que parecer ser".
Não temos jeito de girar o eixo da vida sem essa folga porque, senão, o atrito acabava com a gente. A folga é preenchida por um elemento viscoso, adaptável, que concilia as duas partes extremas enquanto dura o processo, mas ele tem prazo de extinção - não dura para sempre como nós. O tempo de vida dele deve ser usado para construir a condição definitiva da tolerância dentro das partes dispensando o condicionamento exterior.
Por exemplo: - Na terapia do abraço somos conduzidos a um momento onde a obrigação é abraçar o outro. Depois, espera-se que ao longo do tempo seja possível tirar a obrigação porque ela já tenha sido substituida pela confiança de abraçar o outro, porque já se tenha compreendido que o Outro é nosso semelhante - portanto, confiável como nós somos. É a hora que nosso crescimento perceptivo pode ver  casarem-se a essência com a aparência.
Por isso devemos entender que nos seres humanos haverá sempre essas duas coisas: a aparência e a essência.
E essa que vemos primeiro não nos deve fazer esquecer que existe uma segunda e eliminar a busca pela segunda.
Achando a segunda, se as duas forem iguais, é festa.
Se não forem, paciência - um dia serão.
Assim, vejam este interessante estudo de Emmanuel sobre a essência da corrigenda, desenvolvido a partir de um trecho da carta de Paulo aos Hebreus.

  
“Por seus frutos os conhecereis.” – Jesus. (Mateus, 7:16.)

Nem pelo tamanho;
nem pela configuração;
nem pelas ramagens;
nem pela imponência da copa;
nem pelos rebentos verdes;
nem pelas pontas ressequidas;
nem pelo aspecto brilhante;
nem pela apresentação desagradável;
nem pela antiguidade do tronco;
nem pela fragilidade das folhas;
nem pela casca rústica ou delicada;
nem pelas flores perfumadas ou sem cheiro;
nem pelo aroma atraente;
nem pelas emanações repulsivas.
Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, pela utilidade, pela produção.
Assim também será o nosso espírito no meio da jornada...
Ninguém que seja realmente verdadeiro vai nos dar crédito pelo que aparentamos ser, pela superficialidade de nossa vida, pela máscara de nossas atitudes ou expressões individuais avaliadas às pressas, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nossa participação no bem geral.
– Pelos frutos os conhecereis” – disse o Mestre Jesus.
– “Pelas nossas ações seremos conhecidos” – diremos nós.


(FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)

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