Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PERGUNTA DE OCASIÃO (014)

Gente amiga

Esta “indagação oportuna” bem que poderia ser traduzida pela espressão “qualé, meu?” tão usada pelos jovens. O foco dela é a consistência de nossa adesão pela fé.
Os mecanismos que o Pai criou na vida funcionam perfeitamente e é só a gente fazer por onde que a lição chega, a cavalo! Antigamente o cristão-espírita dizia: “na próxima encarnação certamente pagarei por isso”. Hoje, ele acaba de fazer e a oportunidade de redimir-se já chega. Não há tempo de montar a farsa e chorar lágrimaas de crocodilo – que chora e chora enquanto mastiga suas vítimas. Não há mais condições para “fazer o agá”, o crisol está pegando o fogo e o garimpeiro jogará fora o que não for ouro.
As regras sociais criaram e vêm mantendo por muito tempo um espaço de tolerância entre a máscara e a cara do freguês. Os feios vêm cuidando só da maquiagem, só do “agá”, sem nenhuma disposição para a plástica corretiva, demorada e dolorosa.
Precisamos jogar fora o estojo de maquiagem ectoplasmática, o botox espiritual e a mera plástica anti-rugas. Ou a gente confessa logo o que é enquanto se mexe logo para deixar de ser ou a segunda lapada nos pega antes que o ardor da primeira tenha passado.
O mundo de regeneração é para adultos determinados. As crianças vão levar palmadas em outra dimensão.



“Disse-lhes: Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” – (Atos, 19:2.)

Esta pergunta apostólica oportuna ainda vibra em todas as direções dentro do Cristianismo.
Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já crêem, nas mais variadas situações.
Aqui, uns aceitam o Evangelho só aparentemente para serem agradáveis dentro das relações sociais.
Já ali, os questionadores procuram a fé para tentar acertar problemas intelectuais considerados importantes.
Mais à frente, um enfermo socorrido pela caridade se declara seguidor da Boa Nova, só por causa do alívio físico.
Mas, não demora e eles voltam a ser tão insatisfeitos e tão desesperados quanto eram antes.
No Espiritismo, isto é bem frequente.
Encontramos muita gente se dizendo pessoas de fé, porque souberam da sobrevivência de algum parente desencarnado, porque curaram alguma dor de cabeça ou porque solucionaram problemas materiais; contudo, amanhã já duvidam dos amigos espirituais e dos médiuns, voltam a adoecer ou se perdem através dos caminhos complicados do aprendizado humano.
A pergunta de Paulo continua atualíssima.
Que espécie de espírito recebemos ao crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da preguiça? O de perguntar só por perguntar? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?
Se não adotarmos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa não passará de uma vela frágil, que se apaga ao menor sopro de vento.


(FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário