Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

RENASCE AGORA (56)

Comentário

“Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” – Jesus. (João, 3:3.)

Em cada escolha que fazemos está escondido um ponto de renascimento que é independente da escolha em si. Isto porque o que vale não é o sucesso na escolha e sim o treino da calma aceitação do ônus ou do bônus que elas trazem em si, fatalmente. Quem aceita esta condição experimentará, igualmente, a doçura do êxito e o amargor do fracasso. E tanto numa coisa quanto noutra o que sempre se vai colher é o fruto do Saber.
Aceitar o convite de Jesus como Emmanuel sugere é condicionar-se para permanente novidade. Nunca haverá repetição no dia que nasce, no “bom-dia” que se dá, porque a roda do tempo já girou e o que lhe surge é a oportunidade de fazer o novo.
Foi de cima desta plataforma que Chiquinho Xavier disseEmbora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
É com os pés firmados no valor das coisas que não se repetem que abraçaremos cada oportunidade de fazer o bem como sendo a última e a única – última porque a que tiver na mão será sempre a mais recente e única porque nunca se repetirá.
Assim, meu amigo, viva a vida como um dia. Desperte como quem acabou de nascer e vá dormir todo dia como quem morre. Os guardados de ontem não azedarão seu "hoje" e a ansiedade pelo futuro nunca passará da meia-noite. Nesse contínuo renascer - em calma e paz - é que verá o Reino de Deus dentro e fora de você.
29 de agosto de 2011

56 – RENASCE AGORA – (Texto de Emmanuel no livro “Fonte Viva”)

Nesse caso, a própria Natureza apresenta preciosas lições.
Os anos vão passando matematicamente exatos, mas cada dia é sempre novo. Assim, tendo trezentas e sessenta e cinco chances por ano de aprender e recomeçar, quantas oportunidades de renovação moral  não se vai contar durante uma existência?
Guarde do passado só o que for bom e justo, belo e nobre, mas deixe pra lá detritos e sombras, mesmo quando estiverem pintadas de todo o encanto. No âmbito em que ages a fraternidade real, faz, por ti mesmo, o trabalho que, se não o fizeres, cai nos ombros de teus benfeitores e amigos espirituais.
Cada hora que surge pode ser aquela do reajustamento. Se for possível, nunca deixe pra depois os laços de amor e paz que possa criar agora para substituir as pesadas algemas do desafeto.
Não é fácil quebrar antigas regras do mundo ou desenrolar o coração a favor daqueles que nos ferem.
Porem, o melhor remédio contra os venenos da repulsa é ter boa-vontade, para o bem daqueles que nos odeiam ou que ainda não nos compreendem.
Enquanto ficamos fechados na fortaleza, o adversário se enche de munições, mas se ao invés disso o enfrentamos calmos e serenos, mostrando nova disposição na luta, dentro e fora de nós a idéia de acordo substitui a sombria fermentação da guerra.
Alguém te magoou? Te esforça para compreender. Alguém não te entende? Insiste demonstrando as intenções mais nobres. Faz, todo dia, teu reviver na corrente cristalina e incessante do bem. Não te esqueças da afirmação do Mestre: – “Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
Renasce agora em teus objetivos, decisões e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando antecipadamente a vitória sobre ti mesmo.
É melhor ajudar ainda hoje, do que precisar de ajuda amanhã.


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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

NA PREGAÇÃO (053)


“Eu de muito boa-vontade gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 12:15.)

Um dos sentidos da palavra “educar” que mais aprecio é “tirar de dentro de si”. Para cumprir a tarefa, para ser, perfeitamente, um educador é preciso aprender a sacar lá das profundezas de si mesmo o recurso que ministrar. Assim são os professores com seus alunos, mas antes ainda, são os pais com seus filhos.
Somos nascidos de Deus - o primeiro-motor e motor perfeito.
Cada um de nós é uma máquina pronta para tomar do mundo os elementos para processar a vida dentro de si e exteriorizá-la em seguida. Somos potência que tem de se transformar em ato continuamente porque o processamento da vida alimenta o Ser ao mesmo tempo que alimenta a si mesmo enquanto mprocesso.
O cristianismo ensina, ao Ser, o Amor como orientação da potência para agir o Bem.
O cristianismo mostra que o Ser só é plenamente feliz quando faz fluir o Amor para fora de si. Porque o amor gerado e vertido para fora de si qualifica o entorno de quem ama, e como tomamos do entorno os elementos para a construção do amor, nós nos aperfeiçoamos enquanto ficamos perfeitos.
Por isso, não se pode pregar o amor em tese.
Não se pode pretender separar o ser-amor do ensinar-amor porque só se ensina o que se é.
Temos de meter a mão no bolso sem reservas.
E quando nada mais restar no bolso, devemos sacar do “bolso” peitoral o próprio coração.
Difícil? – É sim, mas já estamos fazendo – uns mais outros menos.
E num dia futuro e muito feliz, todos nós haveremos de ter feito

NA PREGAÇÃO – (“Fonte Viva” de Emmanuel)

Há numerosos companheiros da pregação da salvação que, satisfeitos, sobem nas tribunas douradas,  e falam, falam, falam, sobre os méritos da bondade e da fé, mas, quando são solicitados financeiramente se sentem “feridos na carteira” e se recusam sob as mais disparatadas desculpas.
Mil e uma coisas lhes proíbem esse tipo de caridade, aí se afastam para outros setores aonde a doutrina não incomode mais sua vida calma.
Mas como é fato, a prática legítima do Evangelho nos pede para gastar do que temos mas, também nos pede dar do que somos.
Não basta abrir a carteira e resolver questões ligadas à experiência do corpo. É preciso também dar de si pelo suor da colaboração e do esforço espontâneo solidário, para atender principalmente as nossas próprias obrigações primárias frente ao Cristo.
Quem, de algum modo, não se empenha em benefício dos companheiros, só conhece as lições dos céus pelas palavras.
Tem muita gente que espera amor alheio para poder amar, e isso só representa para nós atraso nas nossas tarefas santificadoras.
Quem ajuda e sofre por causa de amar a Boa Nova se carrega de suprimentos celestes de força para agir no progresso geral.
Lembremo-nos de que Jesus não só deu a todos tudo quanto poderia reter para si, mas igualmente fez a doação de si mesmo para a elevação de todas as pessoas.
Pregadores que não gastam e nem se gastam pelo crescimento das idéias redentoras do Cristianismo são como orquídeas do Evangelho que teem de se apoiar nos outros para existir; mas todo aquele que ensina dando o exemplo, aprendendo a sacrificar a si mesmo pelo erguimento de todos, é como uma árvore robusta do Bem Eterno, manifestando o Senhor no solo rico da verdadeira fraternidade.


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terça-feira, 26 de julho de 2011

ELUCIDAÇÕES (Esclarecimentos) (055)

De quem foi a vivência oportunizadora do saber do Evangelho? – De jesus!
De quem é o saber que se formou com essa vivência? – De jesus!
De quem nasceu o corpo de Doutrina contido no Evangelho? – De jesus!
Então, não tem como ser diferente. O que cabe fazer em termos de trabalho de evangelização, sem sustos, é o ANÚNCIO porque quem sabe mesmo desta matéria mesmo, é só ele – Jesus.
No trabalho do anúncio cabe ainda fazer as cuidadosas adequações linguísticas que nosso entendimento alcance, para se ter certeza que aquilo que foi dito a muito tempo atrás em aramaico, recordado cerca de 40 anos depois para ser escrito em grego, guarda a coerência e a virtude do mestre que intuímos de todo o corpo de doutrina do Evangelho.
Somente isso.
Quanto ao mais falemos com reverência, respeito mas com propriedade também. Falemos como quem está seguro por causa da fé que construiu naquilo que agora está dizendo, e não como quem fala teleguiado por alguém ou ainda como se fosse um crente movido apenas pelo “temor do Senhor”.
A era do “temor de Deus” faz tempo que deu lugar ao “amor a Deus”.
Por muito bons que sejamos ele ainda será melhor porque, em termos desta Terra, ele é o Melhor. Não haverá respaldo mais seguro que este para nos lançarmos ao Serviço, e serviço será sempre aquilo que a necessidade do “próximo” – aquele um que está aqui, juntinho – demandar de cada um de nós.
Estejamos esclarecidos sobre isso.
Sempre.

“Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:5.)
Nós, os aprendizes da Boa Nova, quando em verdadeira comunhão com o Senhor, não podemos desconhecer a necessidade de anular a nossa individualidade, a fim de projetarmos os ensinamentos do Mestre para a multidão com o proveito desejável.
Em termos de vida cristã propriamente dita, as únicas paixões justificáveis são as de APRENDER, AJUDAR e SERVIR, porque já sabemos que Cristo é que é o Grande Planejador das nossas realizações.
Se lembrarmos que a supervisão dele está sempre a favor da melhoria da nossa produção, viveremos focados no trabalho que nos diz respeito, certos de que sua palavra não muda conforme as circunstâncias da vida.
Por isso, em toda parte, nossa preocupação fundamental deve ser a da PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM SEU NOME, já que, se nós pregamos a nós mesmos, cheios dos particularismos conforme a nossa personalidade, será a simples interferência do nosso “eu” nas obras da vida eterna que se dizem respeito ao Reino de Deus.
Neste escrito aos Coríntios, Paulo define a posição dele e dos outros apóstolos, como sendo a de “servidores da comunidade” por causa do amor a Jesus. Não tem jeito mais claro de indicar as funções que nos cabem.
A chefia do Divino Mestre está sempre mais viva e a programação geral dos serviços reservados a cada discípulo, de todas as condições, permanece montada em seu Evangelho de Sabedoria e de Amor.
Procuremos nos firmar nas bases do Cristo para não trabalhar em vão.
Ajustemos nossa consciência com a do Grande Renovador – o Cristo -, para que não sermos tentados pelos nossos impulsos de dominação, porque, em todo tempo e lugar, o companheiro da Boa Nova é CONVIDADO, CHAMADO e CONSTRANGIDO a servir.

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

PROCUREMOS COM ZELO (054)

A inocência relaciona-se com pureza e com simplicidade.
A pureza dá a idéia de coisa sem mistura, sem mancha e isso realça-lhe o valor. A simplicidade, então, é entendida como descomplicação benfazeja, uma espécie de prontidão na acolhida gentil.
Sobretudo eu percebo que o senso comum entende inocência e simplicidade como sendo estados aos quais o ser humano chegou por esforço de construção. No entanto, é justamente o contrário. Eles são os estados iniciais da alma humana. Porque, inocência é a pureza daquilo que ainda não se corrompeu e a simplicidade é a condição inicial da natureza humana pronta para aprender.
A Doutrina Espírita anima os cristãos para se amarem e se instruírem. Encoraja-os a saírem desta posição inicial pela ação orientada pelo evangelho de Jesus, que os fará adquirir os conhecimentos que os tirarão da inocência ignorante e da simplicidade tola.
Sob a batuta do Mestre dos mestres, construiremos a plataforma ideal para os enfrentamentos do mundo para o qual ele nos prepara dizendo: – "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e símples como as pombas" (Mateus 10, 16).
Somente com ele é que saberemos o “caminho excelente” que Paulo fala e Emmanuel destaca neste estudo, para tomar os conhecimentos que nos farão sábios e espontâneos sem que percamos a candura e a simplicidade.

“Procurai com zelo os melhores dons e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 12:31.)

Quando pinta a idéia de que não devemmos procurar aprender e a melhorar para ser mais útil ao trabalho de levar avante o conhecimento de Deus, é mais fácil ser a preguiça sendo sonsa do que a humildade querendo se mostrar.
A vida é um curso avançado de aperfeiçoamento através do esforço e da luta, e se até as pedras devem sofrer o polimento para melhor refletir a luz, quanto mais nós que somos chamados, desde já, a falar dos recursos divinos?
Que ninguém pare o bendito curso de sua educação alegando que precisa cooperar com o Céu, porque o progresso é um trem de rodas incansáveis que deixa pra trás quem se reluta seguir em  frente.
Temos de avançar por igual, com a melhoria conseqüente de tudo o que nos rodeia. E o Evangelho não abençoa qualquer atitude de expectativa descuidada. A palavra de Paulo é muito significativa. Falando ao povo de Corinto, o apóstolo dos estrangeiros anima-os a irem, fervorosamente, atrás dos melhores dons. Não podemos deixar de incorporar as qualidades mais nobres da inteligência e do coração, fazendo sublime a alma imortal. Cultura e santificação, pelo trabalho e pela fraternidade, é dever para todas as criaturas. Auto-aperfeiçoamento é obrigação comum.
Vamos buscar, com afinco, nossa elevação marcando nossa presença, seja onde for, com as bênçãos do serviço dado a todos, e assim que estejamos integrados no esforço digno, dentro da ação pessoal e incessante no bem, o Céu nos mostrará caminhos mais iluminados para a elevação.


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quarta-feira, 15 de junho de 2011

SERVIR E PROSSEGUIR (052)


O bem-humorado e incansável Tancredo Neves esfalfava seus auxiliares e vivia sempre pronto para o trabalho. Aos que perguntavam se ele não se cansava ele respondia que “tinha a eternidade toda para descansar”. Não era cristão-espírita como eu, como tantos que nos leem, mas acertou em cheio com o modo certo de se viver. Não se deve perder um minuto da vida que se possa aplicar a serviço do bem no trabalho para os irmãos.
Trabalhemos incessantemente no bem como recomenda Jesus e, tão logo acabemos um trabalho, busquemos um novo porque a novidade, por sua natureza, impede a fadiga e a continuidade dele impede a perigosa parada na estação da mente vazia. A necessidade de repouso é apenas corporal. Almas precavidas devem aproveitar o repouso corporal para migrar até as instâncias superiores do estudo e do treinamento para retornarem ainda melhores das paragens dos céus.
Não é apenas porque “o trabalho dignifica o homem” é também porque o homem foi feito para o trabalho. A existência é um emprego que temos com prazo determinado para acabar. Trabalhemos, pois com afinco, mas com sabedoria, cautela e respeito para que mãos e joelhos atestem nos calos e nas emperrações que tiramos da existência tudo o que ela pode dar e pusemos no altar do Bem.

“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados”. – Paulo (Hebreus, 12:12)

Se já é difícil produzir o fruto sadio na lavoura de modo que não falte pão pro mundo, é quase impossível se arranjar aquele pão perfeito que sustenta a alma. Plantamos a semente da boa-vontade, mas aparecem mil coisas que prejudicam sua germinação e seu crescimento.
Vem a enxurrada de água suja das besteirinhas da vida. Aparecem vermes de tudo quanto é aborrecimento. Escorre a lama da inveja e do despeito. Estoura a trovoada da incompreensão. Cai o granizo da maldade. Acumulam-se os detritos da calúnia. Queima a aridez da irresponsabilidade. Gela o frio da indiferença. Surge a secura do desentendimento. Brota o capim bravo da ignorância. O céu se fecha em nuvens de preocupações. O vento sopra a poeira do desencanto.
Parece até que as forças imponderáveis da experiência humana se reúnem contra quem deseja avançar no caminho do bem. Enquanto não se chegar à herança divina que nos espera, os escorregões, as descidas são fáceis demais... Já elevação, só suando a camisa e teimando em se sacrificar.
Se o seu coração agüenta o tranco da luta que se oferece, não corra dela se quiser chegar nos climas superiores da vida. Apesar de trombar com toda a espécie de dificuldades, siga em frente, pondo em jogo o que tenha de nobre, belo e útil para o serviço da perfeição.
Lembre o conselho de Paulo e mande ver, não fique parado.
Mexa estas mãos cansadas e erga-se nos joelhos estropiados, na certeza de que, para chegar no melhor da vida só trabalhando e servindo toda hora que Deus dá.


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domingo, 29 de maio de 2011

SEPULCROS ABERTOS (51)

Emmanuel pegou pesado, aqui na questão do personalismo.
Nós devemos, sim, ser personalistas quando for no sentido de entender pessoalmente, mesmo, os princípios que o Evangelho e Jesus dá para quem quer referenciar os passos da vida pela senda do Bem. Entregar este serviço a uma Igreja, a um credo qualquer – o tal “se entregar a Jesus” – é uma roubada sem tamanho. Isto porque estaremos delegando para outro a tarefa de pensar nossos pensamentos e como cada um só sabe de si – e “mal-e-mal” – quando ele escolher mal para si fará o mesmo para nós.
Nós, quando deixamos o estágio de ter só “flashes” de pensamento para termos pensamento contínuo, saltamos do reino animal para o reino hominal. Somos agora pensantes e que sabem que são pensantes – homo sapiens, sapiens – mas, para darmos o salto para a angelitude temos de qualificar este pensamento contínuo fazendo com que ele se fixe no Bem.
Porém, é só a gente dar uma crescidinha na vida para ficar animado demais pensando que “somos apenas o máximo”. Aí, começamos a ver que Fulano se equivoca... que Beltrano se engana completamente... e que Cicrano não sabe aonde tem a cabeça... Daí que, quando a gente começa a ver pelo em ovo e a achar que todo mundo está errado e “eu, num tô”, nós nos tornamos qualquer coisa, menos um ser pensante, consciente e produtivo do Bem.
Precisamos nunca esquecer, amigos, que cada um de nós por si, pode até valer alguma coisa, construirmos uma personalidade brilhante, possuirmos uma palavra cativante e rica e se dar bem aqui e ali. Mas quando nos juntamos com Jesus cada um de nós é insuperável em si mesmo na capacidade de enriquecer a si e aos outros.
Com Jesus a retaguarda primorosa garante o desempenho de quem resolveu agir o Bem na vida. Trocaremos a impressão de sepulturas abertas para jardins perfumados.

“A sua garganta é um sepulcro aberto.” – Paulo. (Romanos, 3:13.)

Falando dos espíritos transviados da luz, Paulo afirmou que eles teem a garganta semelhante a um túmulo aberto e, nessa imagem, podemos enquadrar muita gente que se afasta do caminho seguro do Evangelho para os caminhos desacertados do personalismo criminoso.
Logo se assentam no império escuro do “eu”, esquecendo as obrigações que nos voltam apara o Reino Divino da Universalidade, a garganta deles vira um verdadeiro túmulo aberto.
Fazem vir pra fora tanto fel que se imaginam seus corações como um jarro de lodo, daí então só sintonizam o que não presta e ainda enchem a paciência de vizinhos, amigos e companheiros. Só enxergam os defeitos, os pontos fracos e doentios das pessoas de boa-fé com quem andam. Fazem longos comentários das feridas alheias mas não as tratam para curá-las. Gastam um tempo enorme fofocando e maldando as intenções dos outros. Imaginado coisas ruins, enchem a cabeça com quadros deprimentes, cheios de suspeita e de mentalizações malévolas. Principalmente, se queixam de tudo e de todos. Projetam emanações entorpecentes de má-fé, estendendo o desânimo e a desconfiança contra a prosperidade da santificação, por onde passam, queimando as flores da esperança e aniquilando os frutos imaturos da caridade.
Este tipo de aprendiz, profundamente desventurados pela conduta a que se adotam, parecem, de fato, sepulturas abertas... Exalam podridão e os tóxicos da morte.
Quando você se desviar pro chão liso das lamentações e das acusações, quase sempre sem razão, reveja seus passos espirituais e recorde que a nossa garganta deve se consagrar ao bem, pois assim, por ela só passará o verbo sublime do Senhor.


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quinta-feira, 19 de maio de 2011

AVANCEMOS (050)

Emmanuel leu este trecho da carta de Paulo como devemos ler, hoje.
A consciência que o saber dos espíritos nos deu para viver de modo cristão mostra que continuamos mais ou menos do mesmo jeito. Continuamos os “nenenzinhos” chorosos de Deus. O que mudou foi o tipo de desculpas que damos para justificar nossa paradeza.
Porque,
se travamos chorando alguém que se foi;
se travamos pela incompreensão alheia;
se travamos pela covardia de quem nos deixa sós na luta;
se travamos porque o eleito ente amodo não nos dá o mesmo trato;
se travamos à espera da “mega-sena” ou do “emprego federal” que não ficou de vir;
se travamos pela incompreensão alheia;
se travamos pelo “erro do próximo”;
se travamos, de joelhos, batendo no peito um “mea culpa” sem-fim
é porque nossa luz está focando errado, meu irmão.
Quando a gente se debruça na vida para fazer as coisas, só devemos ter compromisso com a consciência limpa e com o esforço honesto. É o “dar o melhor de si”. “Sucesso” ou “fracasso” são outros quinhentos porque não dependem de nós.
Quem dá o melhor de si em qualquer momento chegou à perfeição possível naquele momento dado, chegou ao ponto que abandonou a chupeta amarrada na ponta do “paninho-de-bunda” e deixou de ser um “nenenzinho” chorão de Deus para ser um parceiro efetivo de Jesus.
Vamos sair da sombra, abandonar a desculpa e trabalhar porque, isso, é bom pra mais de metro.


“Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam. avanço para as que se encontram diante de mim.” – Paulo. (Filipenses, 3:13 e 14.)

Na vida cristã, encontramos sempre grande número de irmãos que se desculpam de não fazer nada, por causa de terem sofrido desastres espirituais.
É um que trava-se chorando sem parar o ente querido chamado à transformação no mundo maior. É outro que trava-se diante da incompreensão de um amigo. É o missionário que trava-se por uma calúnia. É alguém que trava-se lamentando o companheiro que fugiu da boa luta. É o trabalhador do bem que trava-se estacionado na queixa sem-fim contra a amada que se foi e não considerou seu amor. É o idealista que trava-se sonhando com a sorte material grande para poder iniciar suas realizações. É o cooperador que trava-se por aguardar o emprego gordamente remunerado para poder se consagrar às boas obras. É a mulher que trava-se emaranhada no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos. É o colaborador que trava-se escandalizado com os defeitos do próximo. É alguém que trava-se numa culpa que descobre, gastando abençoado tempo em remorso inútil.
Porém, mesmo sendo o passado o guardião do bem que há nas experiências, isso não o torna o melhor condutor da vida rumo ao futuro. É imprescindível limpar o coração destas drogas entorpecentes que, às vezes, põem a mortalha numa alma que não morreu.
A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são coisas sagrados, mas não devem impedir a caminhada esforçada de nosso espírito para a Esfera Superior. Paulo de Tarso, que sabia bem como era a luta humano na intimidade do próprio coração, e que subiu ao ponto mais alto do apostolado com o Cristo, nos dá um roteiro seguro para o aprimoramento.
“Esqueçamos todas as derrotas de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam” – eis o que ele quis dizer ao povo de Filipos.
Centremos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.
Ninguém progride sem se renovar.


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sexta-feira, 6 de maio de 2011

UNIÃO FRATERNAL (049)

Nós, que somos cristãos, ao apregoarmos a união como modo de vida a ser buscado batemos de frente com o modo como se organiza a sociedade hoje – o modo de exploração do homem pelo homem, com base na competição.
Toda situação em que uma pessoa use de uma outra pessoa sem que esta tenha conhecimento, tenha consciência e tenha dado consentimento, faz uma apropriação indevida.
Porque, se de um lado a situação de vida é a mesma pra todo mundo, do outro cada um de nós é diferente. Um “pixel” que seja é o bastante para nos fazer únicos. Daí, qualquer relação que tenhamos com outra pessoa será uma relação desigual – pra mais ou pra menos – a pedir de nós tolerância ou que tenham tolerância conosco.
Quando nos convencermos de que somos imortais;
quando nos convencermos de que a terra é uma comunidade só;
quando nos convencermos de que a existência é laboratório;
quando nos convencermos de que a “salvação” é projeto coletivo dos Terranos;
haveremos de sepultar a competição e criar a cooperação.
Aí, a contenda dará lugar à paz dos espíritos unidos, de mãos dadas – um só rebanho e um só pastor – para viver o mundo novo tão esperado.


 “Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.” – Paulo. (Efésios, 4:3.)

Repare que, toda vez que você olha pro futuro distante, abrem-se mil caminhos diante dos olhos. Veja que são milhões de trilhas ao lado a sua, por isso não se esqueça qual é a sua e vá em frente, sem medo. Capaz que você gostasse que todos os caminhos dependessem do seu e, união para você, seria você no centro e os outros rodeando...
Olha, junte-se aos outros mas sem obrigar que eles se juntem a você. Pegue tudo que for útil e belo, santo e sublime e siga em frente... Veja que a nascente pega o riacho, o riacho entre no rio e o rio mergulha no mar. Unidade espiritual é serviço básico da paz.
Está vendo aquele que se dedica às crianças?
Vê o outro que ajuda aos doentes?
Percebeu o zelo daquele que trata dos velhos, dos jovens?
Vê aquele que condiciona o solo e educa os bichos?
Prestou atenção naquele que se tornou conselheiro do bem?
Seja compreensivo, sereno e honre a todos eles. Sabendo que o entendimento é a raiz que sustenta a árvore da união fraterna, vamos faze-la robusta e farta.
Não deixe que ninguém veja a vida pelos seus olhos. A evolução é uma escada sem fim e, cada um, vê a paisagem conforme o degrau em que está.
Se achegue a quem é do bem e ofereça o seu melhor, e ele responderá com o melhor também.
A guerra sempre é o fruto venenoso da violência e as brigas sem futuro nascem do autoritarismo.
A união fraternal é o maior sonho da alma humana, mas, só se realizará se houver respeito de uns aos outros, na harmonia, onde estivermos. E a gente só chega lá “procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz”.


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quarta-feira, 27 de abril de 2011

DIANTE D’ELE (048)

As pedidas d’Ele para nós, são de amargar. Amar inimigos? Fazer o bem a quem quer ver nossa caveira? Rezar por quem nos persegue? Perdoar o tempo todo? O que que é isso?!
O que Ele fala já é ruim e o jeito que Ele fala ainda piora as coisas. Só que, não há como negar que Ele é dos nossos. Gente, Ele, é “o cara” e sabe só tudo. Não tinha nada que fazer aqui, mas veio aqui por nossa causa para mostrar como é que é pra fazer as coisas por aqui.
Acho que temos de ouvi-lo, e ouvi-lo como o japonês faz quando toca a sirene de “tsunami” – ouve e sair fazendo, na hora, na lata.
Temos de acordar de manhã e lembrar que o Espírito – que não morre – veio pra cá para aprender. Lembrar que tem coisa que se acaba – pra começar, este corpo! Por isto é besteira ficar dando melzinho na chupeta para ele se comprazer. Também não é caso de se pensar que precisamos voltar a usar o cinto de tachinha ou se flagelar como penitentes. Não é  isso.
Mas, num tempo como esse nosso em que se cria excesso “bombando” alguma coisa e, depois, tira com a lipo; em que se usa a chapinha para alisar e, depois, escova pra encrespar – tudo em nome da estética corporal, é hora de botar bom senso e ver se o corpo não está “alisado” demais.
Por mim, acho que sim. Escutar, nós o escutamos direitinho. Só que, “cuidando” do corpo assim, nós não estamos muito a fim de largar essa boquinha – aí, nos fazemos de desentendidos.

Já pensou com que cara ficaremos se, na hora da desencarnação, o veículo “for pro céu” e a gente “for pro umbral?”

A palavra d’Ele pede pra gente malhar o espírito pelo uso necessário do corpo. Se doer ou ficar feínho, que mal faz se tanto bem traz?!


“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” – Jesus. (João, 8:43.)

A linguagem do Cristo sempre foi difícil e esquisita para muitos dos que se aproximam dela.
Fazer todo o bem que se possa, mesmo quando o mal parecer crescente poderoso. Emprestar sem exigir retorno. Desculpar sempre. Amar nossos adversários. Ajudar aos falsos e aos maus.
Muita gente ouve o Evangelho mas ele por uma orelha e sai pela outra sem lhe tocar o coração. Isso acontece com muitos adeptos do Evangelho, porque eles usam sua força mental em outra coisa. Eles crêem “mais ou menos” no auxílio divino nas horas difíceis, mas não querem nem saber de estudar e saber como se aplicam as leis divinas. As coisas do “dia-a-dia” lhes tomam todo o tempo. Querem dinheiro, comida, roupa, saúde, prazer e aplauso social com tanta força que nem se lembram de que estão “de passagem” pelo mundo em que se encontram e nunca pensam que todas essas coisas materiais, só existem para lhes dar condições de trabalhar na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno. Anotam as chamadas do Cristo, mas, se aferram com unhas e dentes nos apelos da vida “feijão-com-arroz”. Se dão conta mas não atendem. Informam-se, mas não entendem. No meio dessas contradições, está um monte de gente boa e, às vezes, admiráveis amigos nossos. Carregam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive enroscada nas coisas que se acabarão “já já”. Nós estamos num lugar bom, adequado e todo equipado, porém, nós usamos em atividades mais ou menos inúteis.
Não nos esqueçamos, de que a coisa mais fácil do mundo é anotar as coisas que ouvimos do Senhor, mas, aí, é preciso ter um coração limpo das bugingangas terrenas, pronto para receber a palavra divina nele, em espírito e verdade.

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sábado, 16 de abril de 2011

AUTOLIBERTAÇÃO (47)

“Ter como se não tivesse” é uma regra de vida que dá uma paulada muito segura no nosso egoísmo. O egoísmo não é um mal em si mesmo, ele é a corrupção de uma força nobre existente no ser humano para que ele possa existir. Para manter-se vivo, cada ser precisa captar os recursos necessários. E, por conta da imperfeição que viemos tratar, ao fazer o mesmo esforço, uns conseguem muito enquanto outros quase nada conseguem.
Se já tivéssemos chegado à perfeição a generosidade dos eficientes já teria corrido para socorrer o pedido de ajuda dos menos capazes, e pronto.
Mas, não se dá assim.
De repente, nos esquecemos de que VIDA é a outra e, “desconfiado da proteção”, começamos a “guardar alguma coisa para os tempos difíceis”. Daí então, nós eficientes, tomamos tudo o que precisamos e ainda guardamos outro tanto porque, “sabe-se lá, né?”. Por conta disso, aquilo que nossos irmãos de sina neste mundo precisam já, já, fica guardado no mocó... Ah, quanta sabedoria meu Jesus!
O cara, de passagem por aqui, pensa que vai morar... pega e compra casa?!
Certo de que vai morar...  adquire a “chacrinha” pros fim de semana?!
Aí compra carro porque a “chacrinha” é longe...
Aí troca de carro todo ano porque a estradinha é ruim...

Aí, um belo dia, chega Aquela que nunca deixa de vir, leva o sujeito
e deixa a casa,
e deixa a chacrinha,
e deixa o espeto queimando no fogo, enquanto deixa o corpo esgotado, enfartado no chão...
porque, pra Lá, não se leva nada disso.

“Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.” – Paulo. (1ª Carta a Timóteo, 6:7.)

Se você quiser livrar a alma das escuras correntes do “eu”, comece já o curso de autolibertação, aprendendo a viver “tendo as coisas como se não tivesse”, vivendo “com todo mundo como se fosse sem ninguém”. Se a gente chega na Terra como viajante precisado de acolhida e de socorro e se a gente sabe que vai sair dela sozinho, é melhor se conformar a viver consigo mesmo, servindo a todos em troca de crescer espiritualmente para a imortalidade. Não se esqueça de que, conforme as leis que nos governam, cada um sempre estará sozinho, lá do seu jeito, aprendendo a se superar.
Dedique-se ao bem para o seu próprio bem, mas, acima de tudo, por causa do amor ao próprio bem. Grande mesmo é aquele que sabe que é pequeno, diante da vida infinita. De caso pensado não vá se impor afugentando a simpatia dos outros; não vá dispensar a cooperação dos outros na tarefa que é sua. Nunca pense que sua dor seja maior que a dor do vizinho ou que seu a jeito de fazer as coisas vá agradar todo mundo. Uma coisa que nos dá coragem pode espantar os outros e os ingredientes da nossa alegria pode ser um veneno para os outros.
Principalmente, combata seu melindre pessoal com o mesmo constância que limpa a cama em que se deita. Muita ofensa anotada é peso inútil pro coração. Guardar o sarcasmo ou o insulto alheio não será o mesmo que cultivar um espinheiro dentro de casa?
Todo dia de manhã pacifique a mente e siga pra frente na certeza de a gente acerta as contas é com Aquele que nos emprestou a vida e não com os nossos iguais que fazem dela a maior bagunça. Deixe que a realidade lhe ajude a ver as coisas que você acabará achando a divina felicidade do anjo anônimo, que se esconde na glória do bem comum.
Aprenda a ser só para ser mais livre no cumprimento do dever que nos une a todos, e, com a mente voltada pra Jesus, que escolheu o caminho estreito da cruz, não nos esqueçamos do lembrete de Paulo, que diz sobre os bens de ordem material, “nada trouxemos para este mundo e é certo que nada levaremos dele”.


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sexta-feira, 8 de abril de 2011

NA HORA DA CRUZ (046)

A gente luta e luta mas tem horas que nossas forças não bastam para barrar os agressores do mal e a gente acaba desarmado, reduzido e exposto às tentativas de humilhação da parte deles.
Dá desânimo.
Dá canseira.
Dá vontade de chutar o pau da barraca.
Dá vontade de tudo quanto há de ruim...
Vem todo mundo pra cima de dedo na cara... Todo mundo corre dentro e dança em cima do nosso caixão. Aí, a gente olha pra Jesus com um desencanto bem próprio dos infelizes, dos derrotados.
Mas, assim que a gente olha, enxerga logo a cruz dele, vê a irônica coroa de espinhos, vê a mansidão do “Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi”, diante de todo aquele despautério e... é o jeito deixar cair a ficha, fazer o link, conectar-se porque, isso tudo, não é sinal de derrota.
A única exaltação possível ao cristão é a cruz mesmo.
O cristão é para salvar os outros e não para “se safar”.
Para cair, o cristão precisa “subir” na cruz e na hora que o corpo cai coberto de pancadas, sopapos e mangoças, a alma sobe ligeira aos braços do Mestre para juntar-se a todos os que são libertos da cruz pela cruz que aceitaram.


“Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-se.” – (Mateus, 27:42.)

Sim, ele redimiu a muitos...
Estendeu o amor e a verdade, a paz e a luz, levantou enfermos e ressuscitou mortos.
Entretanto, para ele mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.
Na verdade, para quem tinha se exaltado tanto, para quem tinha atingido o topo, até dizendo de sua própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme...
Era o Príncipe da Paz e caía vencido pela guerra dos interesses inferiores. Era o Salvador e não se salvava. Era o Justo e sofria uma injustiça sem tamanho. Para os humanos o Senhor desmoronado, flagelado e vencido era a perda maior de todas.
Porém, ele tinha caído... na cruz! Sangrando, mas... de pé. Torturado, mas de braços abertos. Submetido ao sofrimento... mas suspenso da Terra. Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração elevado ao Amor.
Tinha caído, desprezado e esquecido, mas, no outro dia, fazia da própria dor a glória divina. A fronte pendeu, empastada de sangue, na cruz, e ressurgiu na luz do sol entre os cheiros de um jardim. A derrota escura virou vitória resplandecente. A cruz afrontosa se encheu de claridades celestiais para a Terra inteira.
Assim também se dá nas nossas vidas. Não vá tropeçar no triunfo fácil ou na coroa barata dos crucificadores. Toda vez que as coisas se juntarem querendo obrigar você a mudar o rumo da vida, prefira o próprio sacrifício, transformando a dor em auxílio para muitos, porque quem recebe a cruz, em favor dos semelhantes, descobre o trilho da eterna ressurreição.


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