Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ACEITA A CORREÇÃO (006)

Gente querida,
eu fico imaginando as vezes em que eu não dei uma descompostura em "alguém que teve a ousadia de me corrigir".
Não sei se terei dito "quem você pensa que é para me censurar?"; ou se eu disse "Você sabe com quem está falando?"; ou se eu não falei "vá despejar seus podres em outro quintal!"...
Sei não. Não sei mesmo o que tenha dito e quantas vezes eu disse. Mas sei que meu discurso não difere muito do comum das gentes quando se lhe chega alguma censura. Contudo, aprendi que ninguém precisa ser santo para chamar a atenção de alguém sobre algum erro que este alguém comete, não tem de estar isento nem do tal erro. Para fazer isto nós temos a melhor das condições: nós não somos o dito cujo em que vemos o erro. Por esta razão não temos o fatal envolvimento que nos turva o juizo. Somos como um espelho que não é bom nem mal, é só espelho, honestamente espelho que diz que o cabelo está assanhado e pronto. Daí, só nos restará confiar na capacidade de refletir do espelho e arrumarmos o cabelo. Não adiantará, nadica de nada, a gente querer "retocar a imagem" - negócio é retocar a figura.
Assim, vejam este interessante estudo de Emmanuel sobre a essência da corrigenda, desenvolvido a partir de um trecho da carta de Paulo aos Hebreus.

  
“E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Paulo. (Hebreus, 12:11.)

A terra debaixo do arado se rasga e se dilacera, mas, em pouco tempo, das covas abertas brotam flores e frutos deliciosos.
No tempo da poda, a árvore perde grande parte da seiva, enfraquece e fica feia, porém, em poucas semanas, se cobre de energias da ramagem renovada, recuperando-se de beleza e de fartura.
A água humilde parte da fonte singela, sofre os trancos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.
Do mesmo jeito que ocorre na simplicidade da Natureza, acontece igualmente na complexidade da alma.
A chamada de atenção é sempre rude, desagradável, amarga; todavia, aqueles que acolhem sua luz sempre têm, por recompensa, abençoados frutos de experiência, conhecimento, compreensão e justiça.
A terra, a árvore e a água são constrangidas a receber a correção, contudo, o gênero humano, campeão da inteligência no Planeta, é livre para recebê-la e acomodá-la ao próprio coração.
Por esta razão, o problema da felicidade pessoal nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador.
A correção celeste se manifesta em todos os cantos da Terra.
Entretanto, são poucos os que aceitam sua bênção, porque tal presente, na maioria das vezes, não vem embalado para presente, e quando o pomos na boca, não tem gosto de bombom.
Aparece cheio de espinhos e misturado com fel, como se fosse um remédio curativo e salutar.
Sendo assim, cuida de não perder tua preciosa chance de aperfeiçoamento.
A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos próprios para a sublimação que temos de aproveitar.


(FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário