Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

FRATERNIDADE (015)

Caros amigos

A meditação de hoje toca num ponto delicado para muita gente. Somos questionados se a gente ama mesmo ou se é conversa fiada.
No começo do cristianismo era um jogo de doze contra o resto. Depois que o Imperador Constantino “se converteu” ao cristianismo a coisa mudou. O “pudê” veio para o meio religioso cristão. Todas as paixões foram potencializadas pelo Ouro – moeda que compra qualquer vício. E deste ponto em diante e por muito tempo, reis e papas se confundiam na majestade e nas coroas. A manjedoura foi feita de madeira de lei forrada com ouro em palha... A nota intrigante era a imagem forte de um Cristo sofridíssimo na cruz e a afirmação categórica de que “ele morreu por nós”! Cristo sofria para que não sofrêssemos e morria para que houvesse a eternidade material? Até parece.
Cristo não mandou que o secretário – que ele não tinha – anotasse coisa nenhuma porque o que ele deixava para nós era o EXEMPLO. Cristo marcou com seu sangue e suas dores do corpo mortal que tinha – como nós temos – o traçado que deveríamos fazer para sermos felizes no Reino dele. É como se toda a sua vida fosse um discurso dizendo: “É assim que a gente faz”!
Joguemos a máscara fora, meus amigos, e demos nova e real forma ao rosto do Cristo em nós.
Devolvamos o palácio e a suntuosidade a Constantino que o Cristo espera nossa adesão numa manjedoura – aquele cocho onde comem os animais.
Lá na manjedoura ele é o Panis Angélicus (pão dos anjos) dado a todos nós que ele chamou dos escritórios, das fábricas, do comércio, da agricultura, das salas de aula, dos gabinetes forenses, de todo lugar de trabalho humano para nos fazer “pescadores de almas” dos tempos atuais.
Isso a gente vai aceitar estendendo a mão e o abraço sem olhar a quem, todo dia que Deus dá.



“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” – Jesus. (João, 13:35.)

Desde quando o Imperador Constantino fez vir a hegemonia política para o mundo cristão, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.
Nós cristãos organizamos os concílios para estabelecer conclusões atrevidas sobre a natureza de Deus, da Alma, do Universo e da Vida.
Nós também incentivamos guerras arrasadoras para implantar a miséria e o terror àqueles que não cressem na forma ditada nos concílios.
Disputamos o sepulcro de Jesus a ferro e a fogo.
Criamos honrarias e cargos religiosos envenenando e apunhalando.
Acendemos fogueiras e erguemos tablados para a fôrca, inventamos torturas e construímos prisões para quem discordassem do nosso ponto de vista.
“Em nome do Senhor”, que devotou-se à Humanidade inteira na cruz, nós estimulamos revoltas que jogaram irmãos contra irmãos.
Construímos palácios e templos, cheios de luxo e beleza para reverenciar o Senhor, esquecidos de que ele não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.
Ainda hoje alimentamos a separação e a discórdia dando margem à incompreensão e briga, dentro do cristianismo, nos diversos setores da interpretação.
Entretanto, a palavra do Cristo é clara. Não vamos ser agentes da Boa Nova se só tivermos a fachada...
Precisamos da cultura que afina a inteligência, da justiça que dá ordem, do progresso material que abrilhanta o trabalho e de assembléias em que se estude mesmo; no entanto, toda a ação humana sem a luz do amor pode se perder nas sombras...
Seremos matriculados como aprendizes do Evangelho cultivando o Reino de Deus que começa no jardim da alma.
Estendamos o tapete da fraternidade pura e simples que nos ampara mutuamente...
Aquela fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, no meio da humildade e do serviço que fazem a vitória do bem. Vamos praticá-la em toda parte porque o Senhor disse, claro e firme: – “Nisto todos conhecerão que vocês são meus discípulos: se vocês se amarem uns aos outros.”


 (FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário