Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

sábado, 22 de janeiro de 2011

“BATER COM AS DUAS PERNAS” (018)

Queridos amigos

No desenvolvimento geral das nossas habilidades a gente vê logo se é destro ou canhoto e, conforme o caso, a gente fica tão “especialista” que acaba não sabendo fazer nada direito com o “outro lado”. Mas, basta engessar um braço ou uma perna para a gente compreender o valor que tem o aprendizado de todas as potencialidades do nosso corpo.
No tempo de Jesus, a pesada materialidade humana levou o Mestre a alargar os horizontes daquela gente, ensinando que o homem não é só corpo, é corpo e alma – um corpo para sustentar a alma na encarnação. O corpo vive do pão que come mas a alma vive da Palavra que lhe faz aprender. Então, não é só de pão que vive o homem. Tem mais coisas nesta receita e o homem precisa compreender para ampliar o uso dos seus recursos.
Vejam o futebol. O futebol é uma arte que se faz com os pés.
Nele, “bater com as duas pernas” é dizer da grande habilidade de um jogador. É dizer que um jogador usa com maestria os dois recursos que possui - os pés - para o trato do mesmo objeto: a bola.
O que Jesus quer, conforme a interpretação de Emmanuel sobre Mateus 4:4, é, em bom “futebolês”, que nós brasileiros aprendamos a bater a bolinha da vida como um craque - com qualquer das duas pernas...


“Nem só de pão vive o homem.” – Jesus. (Mateus, 4:4.)

Arrangemos a roupa que protege o corpo, mas busquemos também os saberes superiores que fortaleçam a alma.
Tratemos da beleza do rosto, mas cuidemos do mesmo jeito da formosura e nobreza dos sentimentos.
É bom ter a melhoria genética aprimorando a musculatura, mas é melhor ainda se somada com a educação que aperfeiçoa as modos.
Fazer a cirurgia que tira o defeito orgânico, mas se esforçar do mesmo jeito para acabar com o defeito íntimo.
Fazer uma casa na terra para o conforto da vida física, mas criar o espaço etéreo da Oficina do Bem aonde o espírito seja útil, estimado e respeitável.
Não apenas merecer as honrarias da personalidade, mas também compor com elas as virtudes que enriqueçam a consciência eterna.
Não acender apenas os holofotes terrenos, mas usar também a luz divina que clareia o entendimento que nunca se perde.
Não se conformar só com o agradável, mas correr atrás do útil também.
Que venham as  flores, mas a elas juntemos os frutos. Tenhamos o ensino, mas busquemos igualmente a prática ativa.
Tomar a teoria excelente, mas que seja aliada à prática santificante.
Não apenas nós, mas igualmente os outros.
O Mestre disse: – “Nem só de pão vive o homem.” Então, vamos aplicar este conceito sublime ao mundo todo.
Bom gosto, harmonia e dignidade nas aparências é um dever, mas não vamos esquecer da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com os quais rumamos para a Eternidade.


(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)

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