Queridos amigos
No desenvolvimento geral das nossas habilidades a gente vê logo se é destro ou canhoto e, conforme o caso, a gente fica tão “especialista” que acaba não sabendo fazer nada direito com o “outro lado”. Mas, basta engessar um braço ou uma perna para a gente compreender o valor que tem o aprendizado de todas as potencialidades do nosso corpo.
No tempo de Jesus, a pesada materialidade humana levou o Mestre a alargar os horizontes daquela gente, ensinando que o homem não é só corpo, é corpo e alma – um corpo para sustentar a alma na encarnação. O corpo vive do pão que come mas a alma vive da Palavra que lhe faz aprender. Então, não é só de pão que vive o homem. Tem mais coisas nesta receita e o homem precisa compreender para ampliar o uso dos seus recursos.
Vejam o futebol. O futebol é uma arte que se faz com os pés.
Nele, “bater com as duas pernas” é dizer da grande habilidade de um jogador. É dizer que um jogador usa com maestria os dois recursos que possui - os pés - para o trato do mesmo objeto: a bola.
O que Jesus quer, conforme a interpretação de Emmanuel sobre Mateus 4:4, é, em bom “futebolês”, que nós brasileiros aprendamos a bater a bolinha da vida como um craque - com qualquer das duas pernas...
“Nem só de pão vive o homem.” – Jesus. (Mateus, 4:4.)
Arrangemos a roupa que protege o corpo, mas busquemos também os saberes superiores que fortaleçam a alma.
Tratemos da beleza do rosto, mas cuidemos do mesmo jeito da formosura e nobreza dos sentimentos.
É bom ter a melhoria genética aprimorando a musculatura, mas é melhor ainda se somada com a educação que aperfeiçoa as modos.
Fazer a cirurgia que tira o defeito orgânico, mas se esforçar do mesmo jeito para acabar com o defeito íntimo.
Fazer uma casa na terra para o conforto da vida física, mas criar o espaço etéreo da Oficina do Bem aonde o espírito seja útil, estimado e respeitável.
Não apenas merecer as honrarias da personalidade, mas também compor com elas as virtudes que enriqueçam a consciência eterna.
Não acender apenas os holofotes terrenos, mas usar também a luz divina que clareia o entendimento que nunca se perde.
Não se conformar só com o agradável, mas correr atrás do útil também.
Que venham as flores, mas a elas juntemos os frutos. Tenhamos o ensino, mas busquemos igualmente a prática ativa.
Tomar a teoria excelente, mas que seja aliada à prática santificante.
Não apenas nós, mas igualmente os outros.
O Mestre disse: – “Nem só de pão vive o homem.” Então, vamos aplicar este conceito sublime ao mundo todo.
Bom gosto, harmonia e dignidade nas aparências é um dever, mas não vamos esquecer da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com os quais rumamos para a Eternidade.
(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)
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