Queridos amigos
É difícil encontrar alguém que, do apocalipse, não tenha a impressão de que Jesus está na biqueira, de vassoura na mão para varrer os cacarecos que restaram de nossa querida terra. Para a maioria o Apocalipse é mera expectativa de terror...
Emmanuel nos puxa para baixo, para a condição comum a todos nós: o NOSSO Apocalipse, o fim-do-mundo, a Transição, o juízo-final pode se dar a qualquer momento. E o que importará nessa hora é como nós teremos administrado o nosso tempo.
Atentar para o tempo quando se tem tempo de sobra? É ruim!
Lembro-me de mim, menino, do quanto demorava a passar a semana... Do aniversário anunciado em dezembro e o ano tinha tanto mês que a gente chegava em dezembro esquecidão...
Lembrem que a gente diz “amanhã eu faço” com uma convicção total! No entanto, o amanhã pode ser um cheque sem fundos e, no tal “amanhã” nossos olhos vejam um amável recepcionista convidando-nos a meditar a vida que... já era!
“Certamente cedo venho.” – (Apocalipse, 22:20.)
Quase sempre, enquanto a criatura humana vive a juventude, a atitude característica do seu coração para a vida é a de uma criança que desconhece o valor do tempo.
Dia e noite não são suficientes para se meter em alegrias e aventuras. As mil armadilhas da ilusão fugaz turvam seu olhar e as horas escorrem num turbilhão de desejos inúteis.
São raros os que escapam desta perda. Mas, geralmente, quando a maturidade aparece e a alma já tem certo grau de educação, apressado, o homem redefine o que seja “dia”.
A semana é reduzida para caber na agenda.
Pela maturidade ele compreende que os mesmos serviços se repetem em certos meses do ano, perfeitamente escalados como as estações de frio e calor, floração e frutescência se dão na Natureza.
Agora ele se agita, se inquieta e se desdobra no desejo de multiplicar suas forças para enriquecer os minutos ou ampliá-los, favorecendo suas próprias energias.
E, na maior parte das vezes, ao fim da viagem terrena, a morte o surpreende em meio a expectativa ou entretenimento, sem que possa recuperar o tempo perdido.
Não se meta na selva humana assim despreocupado de se habilitar perante a luz espiritual para trilhar o caminho eterno.
No penúltimo versículo do Evangelho – a Boa Nova de Jesus, Carta do Amor Divino para a Humanidade – o Senhor determinou que o apóstolo escrevesse sua promessa solene:
“Certamente, que virei cedo.”
Cuida então do tempo e não se demore na preparação.
(FONTE VIVA - Com modificação do registro do falar.)
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