Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

NA OBRA REGENERATIVA (037) - Quando quiser melhorar alguém...

No exercício da função de espelho para nosso irmão, cabe a nós, sim, apontar-lhe os erros para que ele mesmo os corrija. O ruim é quando a gente “gosta” de fazer isso é faz o irmão pensar que criticamos seu erro como se fôssemos incapazes de cometê-lo. Nesta terra conta-se nos dedos de uma só mão quem passe por isto e não se magoe.
Meu caro amigo, na hora que o orgulho lhe pedir que, ferinamente, aponte o erro que viu em alguém, lembre-se: – Somos farinha do mesmo saco. A condição dele é a nossa. Ao apontar o dedo indicador para o irmão, seu polegar tenta esconder três dedos que apontam para você mesmo!
A única serventia da nossa visão nessa hora é o proveito do irmão, portanto devemos colocar isso logo no começo, na intenção do gesto. Nada nos adianta apontar o erro alheio para criar um destaque pra nós. O podre da estrutura dele muda em nós só o detalhe.
Aponte com isenção, com discrição, com brandura, misericordiosamente, e torça para que o companheiro faça um bom proveito de seu gesto, mas nem fique esperando...
Fique esperto, fique frio, fique pronto porque nossa vez sempre chega.


“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, orientai-o com espírito de mansidão, velando por vós mesmos para que não sejais igualmente tentados.” – Paulo (Gálatas, 6:1.)

Se orientarmos o irmão que se perdeu no cipoal dos erros na base de críticas raivosas, tudo o que fazemos é despertar sua ira contra nós.
Se lhe dermos golpes, ele revidará com outros golpes. Se apontarmos suas falhas, ele poderá dedurar o menor dos nossos erros. Se acharmos que ele deve sofrer o mal com que feriu os outros, só vamos aumentar o tanto do mal ao redor de nós. Se batermos palmas para sua conduta errada, estamos aprovando o crime. Se “deixarmos pra lá”, manteremos a perturbação.
Mas se conseguirmos tratar o erro do semelhante, como quem quer tirar a enfermidade de um amigo doente, aí estaremos fazendo a regeneração de verdade.
Nas horas amargas em que vemos um companheiro despencar nas sombras íntimas, não esqueçamos que, para ajudá-lo mesmo, não serve nem a condenação nem o elogio. Se não é certo jogar gasolina no fogo para apagar a fogueira, também ninguém conseguirá curar chagas borrifando perfume.
Sejamos humanos, antes de tudo. Cheguemos até o companheiro infeliz, levando compreensão e da fraternidade. Ninguém perde nada quando damos o respeito devido a todas as criaturas e a todas as coisas. Coloquemo-nos na posição do réu e vamos ver se, no lugar dele, tínhamos resistido às tentações do mal. Vejamos as nossas vantagens e os prejuízos do próximo, sem pender para nenhum lado e boa intenção.
Toda vez que fizermos assim, o quadro muda nos mínimos detalhes.
De toda forma sempre é fácil condenar e chicotear para, com certeza, cair na mesma esparrela quando for nossa vez de ser tentado.


(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
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