Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

QUEM TRABALHA (031)

Prezados, se não trabalhar não leva!

Em 1976 um craque do futebol, Gerson, fez a propaganda do cigarro Vila Rica cujo texto dizia no final: - “A gente tem de levar vantagem em tudo, certo?” Por conta disso associou-se à sua imagem – para seu desespero posterior – o sentido negativo da pessoa se aproveitar de todas as situações, sem se importar se isso fosse algo ético ou moral.
Você superar alguém por se esforçar muito é bem diferente de você superá-la porque lhe deu uma rasteira. Ter mais gabarito ao comparar-se com alguém não é a mesma coisa de fazer o outro de “mané”.
Emmanuel – que naturalmente já “bate sem dó” – desnuda esse nosso ainda dominante caráter safado, infantil, imbecil, de achar que a Justiça vai nos dar valor por desvalorizarmos os outros ou aceitar como nossa a obra que não fizemos.
Não é assim, não. Estamos chegando ao fim dessas “facilidades”, de alguém nos fazer de “manés” e sair levando tudo. Não, meu compadre. Agora, não!
É bom que você e eu, que ainda nos deixamos levar por estas tentações, tomemos tento e “desçamos” à real porque, se a gente “cair” na real vai doer porque estamos de salto alto.
Tomemos para nós somente aquilo que nos compete, e suemos com arte esta nossa camisa encarnatória, porque suar faz bem à saúde do corpo e limpa a alma de um bocado de catrevagens.


“O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos.” – Paulo. (2ª Carta a Timóteo, 2:6.)

Tem lavradores de todo tipo.
Tem aqueles que compram a terra e arrendam explorando-a através dos outros, sem nunca tocarem o chão com suas próprias mãos. Em muitos lugares a gente acha aqueles que deixam a enxada enferrujar, pois cruzam os braços culpando a chuva ou o sol pelo fracasso da plantação que não cuidam. Tem vezes que somos encarados por aqueles que fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem dar atenção para a sua – que é, a que é da conta deles. Tem muitos que, sem ver do que, vêm falar disto e daquilo, enquanto as pragas destruidoras arrasam as flores frágeis do seu plantio. Já outros põem culpa na terra dizendo que ela é estéril, incapaz de qualquer produção, mas não é capaz de regar o chão da gleba que lhes deram ou de aduba-lo com qualquer coisa. Existem também aqueles indispostos, os possuídos pela enxaqueca ou pela gripe que perdem a grande chance de semear.
A Natureza, no entanto, devolve a cada um nos seus conformes: a uns o desengano, a outros a dificuldade, a estes negação e àqueles a decepção. Mas para cada agricultor que realmente trabalha, cedinho enche seu celeiro de graças e bênçãos.
No trabalho do espírito é do mesmo jeito. Ninguém alcança resultado bom sem se esforçar, sem dar para a obra do bem o melhor que tiver em si mesmo.
Paulo de Tarso, escrevendo numa época em que havia senhores e escravos, faltava seriedade e sobrava favoritismo, não nos diz que o agricultor autorizado pelo Império ou o que fosse mais rico, é que seria o dono legítimo da colheita. Mas disse com certeza, que o agricultor dedicado ao que é seu seria o primeiro a tirar vantagem.


(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
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