Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

ESTENDAMOS O BEM (035)

O mal é uma porção de barro para a gente modelar o que quiser.
Para conseguirmos avançar no terreno da perfeição temos de aceitar as investidas do que seja “mal”. Não podemos fugir deste encontro.
Quando algo se apresenta para nós e não o identificamos, chamamos de “diferente” e nos retraímos. Dependendo da leitura dos sentidos podemos também chamar a diferença de agressão e o que nos contata de inimigo, porque nossa lógica interna diz que, o que não é igual a nós ou que desconhecemos, não é bom.
Jesus disse que podemos ser deuses. Projetinhos de deus somos nós, eu diria. Porém, muitos de nós age como se já fosse deus, principalmente no quesito do exercício do poder para realizar o “venha a nós” tomando o que outros têm. E como nós conhecemos a nós mesmos, imaginamos que o Outro também seja assim e esteja vindo para nos assaltar.
Por isso Emmanuel intervém.
Mostra o versículo da carta de Paulo aos Romanos e nos convoca para, diante do mal, agir como artesãos do barro transformando-o no bem. As coisas opostas – sombra e luz, duro e macio, quente e frio – quando se encontram se fundem e não mais são o que eram. A sombra fica iluminada, o duro amacia-se e o quente esfria.
Se “atacarmos” o mal com o bem usando nosso melhor esforço, ele deixa de ser o que é.

“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”. – Paulo. (Romanos, 12:21.)

Repare que, na Natureza, em face do mal, todos os elementos oferecem o melhor que possuem para que a harmonia retorne e o bem triunfe.
Quando parece que toda a paisagem foi destruída pelo temporal, as forças divinas da vida se reúnem para a obra do refazimento.
O Sol brilha sobre o lamaçal e cura as chagas do chão. O vento acaricia as árvores e enxuga seus ramos. O canto das aves substitui o trovão. A planície recebe a enxurrada sem se revoltar e ainda por cima faz dela precioso adubo. O ar que carrega as nuvens e conduz o choque do raio destruidor, volta a ser leve e suave. A árvore de copa quebrada ou ferida se regenera, silenciosamente, para produzir novas flores e novos frutos. Nossa mãe comum, a terra, de vez em quando, pega a chuva de granizo e o banho de lodo, mas nem por isso deixa de engrandecer o bem cada vez mais.
Então por que é que, na nossa vez, a gente deixa amargura e irritação guardadas no coração?
Vamos aprender a receber a adversidade, canalizando suas energias para proveito da vida. A ignorância é só uma noite grande que perderá o lugar pro sol da sabedoria. Usemos nosso tesouro de amor, em todas as direções, e levemos o bem por toda parte.
Quando a fonte se suja de lama jamais se dá por vencida. Ela acolhe os detritos em si mesma e continua a correr, fazendo deles bênçãos que segue distribuindo, com brandura e humildade, para benefício de todos.



(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
http://sicvosnonvobis-cesar.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário