Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

OBREIRO SEM FÉ (026)

Amigos meus

Nascemos em igualdades de condições embora estejamos em patamares de evolução diferentes. Mas, todos temos um trecho de evolução para fazer dentro desta encarnação que ganhamos de presente, que é justo e compatível.
Existe, à disposição de qualquer um, um roteiro de sucesso chamado “Caminho, Verdade e Vida” para a gente seguir e chegar ao fim da encarnação numa ótima.
Lembremos que Jesus, o Cara, disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, e isso não é pouco nem é muito, é apenas bastante. Ele disse igualmente “creiam em Deus, creiam em mim também”.
Pois é, mas a gente pensar que vai “ganhar o céu” só com um leriado bonito... é muito!
O cristianismo católico e evangélico prega, entre outras coisas, que a morte de Jesus representa o pagamento de todos os nossos pecados, e também que, pecar é ofender a Deus.
Este entendimento errado da vida trouxe uma época bem ruim para a Igreja Católica que, por crer assim, pregava que as pessoas alcançariam a salvação “comprando” a indulgência – o perdão - através de uma peregrinação (pagar promessa), de uma confissão dos pecados e da participação da eucaristia (comunhão).
O cristianismo evangélico também se equivoca porque baseia-se numa interpretação que fazem da Carta de Paulo aos Romanos, que diz que só a fé salva, deixando de vincular a necessidade de se vincular obras a esta fé.
O que creio eu pela fé cristã-espírita, é que os primeiros atores deste mundo somos nós. Se há pecado é de uns contra os outros, porque a Suprema Perfeição, que é Deus, não é atingida pela imperfeição, que somos nós.
Por isso, temos de crer em Deus e em Jesus, como ele pede. Mas esta fé tem de sair do coração e vir fazer alguma coisa aqui fora para a gente poder remir a si mesmo. Não nos adiantará ir a Canindé-CE com um tijolo na cabeça, nem tampouco se a obra da nossa fé se limitar a tomar um banho “no sangue de Jesus”.


“... e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” (Tiago, 2:18.)

Em toda parte a gente vê o trabalhador sem fé inquietando e desanimando a todos.
Quando se dedica a grande obra de caridade mal começa e já desiste dizendo: - “Fazer pra quê? O mundo não presta”.
Quando se compromete com as pequenas obras e, sem qualquer mostra de persistência, se faz demissionário de obrigações edificantes, alegando:
– “Não nasci para ser um servente desprezado.”
Nem bem chega na religião para gozar seus bens, e já a deixa pra lá dizendo:
– “Isto tudo é só mentira e confusão.”
Quando é chamado aos altos cargos, repete o velho refrão:
– “Ah, eu não mereço! Não estou a altura!...”
Mas se lhe é dado um posto humilde, se revolta e diz:
– “Quem pensam que eu sou?”
E passa o tempo nesse “vai-e-vem” duma situação para a outra, entre o chororô e a teima, com tempo de sobra para se sentir perseguido e desconsiderado.
Qualquer que seja o caso é sempre a pessoa que não termina o serviço que tomou para si ou o aluno que estuda, estuda e estuda, sem jamais aprender a lição.
Não dê valor à fé sem obras – perigosa ilusão da alma – porém, não tome iniciativa sem fé em Deus e em você mesmo.
A pessoa que confia na Lei da Vida crê que tudo no mundo pertence a Deus. Por isso, ela passa a vida cheia de entusiasmo e fazendo o bem, fazendo toda tarefa que lhe vem, grandes ou pequenas, sem se envaidecer ou se entristecer das coisas das quais foi apenas instrumento.
Mostremos nossa fé pelas nossas obras na felicidade de todos que o Senhor, então, dará à nossa vida o indefinível acréscimo de amor e sabedoria, de beleza e poder.


(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
http://sicvosnonvobis-cesar.blogspot.com/

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