Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

AFIRMAÇÃO ESCLARECEDORA (036) - Desmascarando a coisa...

No quinto capítulo do Evangelho de João Jesus diz: “39 Vocês procuram as Escrituras porque acham que elas têm a vida eterna, e são estas escrituras que falam de mim. Mas, vocês não querem vir a mim para ter a vida”.
Tem horas que o Mestre sai do repertório da suavidade, pega a gente e sacode vigorosamente para ver se a ficha cai! Nós, cristãos, parecemos ter uma trava poderosa no nosso entendimento fazendo-nos negar teimosamente a imperiosa necessidade de trabalho, de malhação, de suor, de sofrimento, para NOS salvarmos.
Não nos ajudaram os quase dois mil anos de cristianismo pedrado numa idéia equivocada de “salvação” nos fizeram este mal. Por um lado, católicos a dizerem que: “Jesus morreu por nós para nos salvar”, plantando em nosso juízo a idéia de que sua morte é um cheque em branco em nosso favor.  Por outro lado, protestantes (evangélicos) – muito mais discípulos de Paulo que de Jesus – agarram-se na carta aos Romanos aonde diz que “Só a fé salva” para, na verdade, juntarem-se aos primeiros negando a necessidade de reparar se boas obras nascem dessa fé...
Ah, meus amigos,  a verdade pode até machucar mas, a mentira, mata!
A morte de Jesus é um detalhe, Jesus VIVEU para nos mostrar como a gente se salva!
E não tem jeito da gente se salvar sem se mexer para ir até ele, sem trabalhar com ele, sem viver por ele.


“E não quereis vir a mim para terdes vida.” – Jesus. (João, 5:40.)

Quem quiser ir além do que é agora precisa entender o valor supremo que tem a vontade no aperfeiçoamento próprio.
As Igrejas e outras entidades do Cristianismo andam cheias de aprendizes que vislumbram os poderes divinos de Jesus e reconhecem sua grandeza, mas que caminham aos tropeços por causa de cruéis hesitações. Crêem e descrêem, ajudam e desajudam, organizam e perturbam, se iluminam na fé e se escurecem na desconfiança...
Isto se dá porque eles estão a fim da proteção do Senhor para gozarem no corpo imediata alegria, mas não estão a fim de ir até o Senhor tomar posse da vida eterna. Pedem o milagre das mãos do Cristo, mas não querem nem saber de suas diretrizes. Imploram por sua presença consoladora, entretanto, não acompanham os seus passos. Desejam ouvir sua palavra de esperança e conforto na beira do lago sereno, mas se negam a fazer com ele o serviço a fazer pelo caminho, se sacrificando pela vitória do bem. Vão bajular o Mestre adornando Jerusalém com flores, mas na hora de testemunhar com entendimento e bondade, fogem com medo da multidão louca, doente do juízo.
Eles suplicam a bênção da ressurreição, no entanto, odeiam a cruz de espinhos que regenera e santifica. Eles podem encabeçar movimentos edificantes, mas não querem. Eles clamam pela luz divina mas têm medo de sair das sombras. Eles sonham com a melhoria das condições em que vivem, porém, não querem saber de renovarem a si mesmos.
Vemos então como é fácil comer o pão que o amor do Mestre Divino multiplica ou se alegrar com a cura que ele realiza, mas, para chegar na Vida Plena que ele representa, não basta o poder e o ato de crer. Não. Temos de ter a vontade firme de quem aprendeu a trabalhar e servir, aperfeiçoar e querer.


(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
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