Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

NA PREGAÇÃO (053)


“Eu de muito boa-vontade gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 12:15.)

Um dos sentidos da palavra “educar” que mais aprecio é “tirar de dentro de si”. Para cumprir a tarefa, para ser, perfeitamente, um educador é preciso aprender a sacar lá das profundezas de si mesmo o recurso que ministrar. Assim são os professores com seus alunos, mas antes ainda, são os pais com seus filhos.
Somos nascidos de Deus - o primeiro-motor e motor perfeito.
Cada um de nós é uma máquina pronta para tomar do mundo os elementos para processar a vida dentro de si e exteriorizá-la em seguida. Somos potência que tem de se transformar em ato continuamente porque o processamento da vida alimenta o Ser ao mesmo tempo que alimenta a si mesmo enquanto mprocesso.
O cristianismo ensina, ao Ser, o Amor como orientação da potência para agir o Bem.
O cristianismo mostra que o Ser só é plenamente feliz quando faz fluir o Amor para fora de si. Porque o amor gerado e vertido para fora de si qualifica o entorno de quem ama, e como tomamos do entorno os elementos para a construção do amor, nós nos aperfeiçoamos enquanto ficamos perfeitos.
Por isso, não se pode pregar o amor em tese.
Não se pode pretender separar o ser-amor do ensinar-amor porque só se ensina o que se é.
Temos de meter a mão no bolso sem reservas.
E quando nada mais restar no bolso, devemos sacar do “bolso” peitoral o próprio coração.
Difícil? – É sim, mas já estamos fazendo – uns mais outros menos.
E num dia futuro e muito feliz, todos nós haveremos de ter feito

NA PREGAÇÃO – (“Fonte Viva” de Emmanuel)

Há numerosos companheiros da pregação da salvação que, satisfeitos, sobem nas tribunas douradas,  e falam, falam, falam, sobre os méritos da bondade e da fé, mas, quando são solicitados financeiramente se sentem “feridos na carteira” e se recusam sob as mais disparatadas desculpas.
Mil e uma coisas lhes proíbem esse tipo de caridade, aí se afastam para outros setores aonde a doutrina não incomode mais sua vida calma.
Mas como é fato, a prática legítima do Evangelho nos pede para gastar do que temos mas, também nos pede dar do que somos.
Não basta abrir a carteira e resolver questões ligadas à experiência do corpo. É preciso também dar de si pelo suor da colaboração e do esforço espontâneo solidário, para atender principalmente as nossas próprias obrigações primárias frente ao Cristo.
Quem, de algum modo, não se empenha em benefício dos companheiros, só conhece as lições dos céus pelas palavras.
Tem muita gente que espera amor alheio para poder amar, e isso só representa para nós atraso nas nossas tarefas santificadoras.
Quem ajuda e sofre por causa de amar a Boa Nova se carrega de suprimentos celestes de força para agir no progresso geral.
Lembremo-nos de que Jesus não só deu a todos tudo quanto poderia reter para si, mas igualmente fez a doação de si mesmo para a elevação de todas as pessoas.
Pregadores que não gastam e nem se gastam pelo crescimento das idéias redentoras do Cristianismo são como orquídeas do Evangelho que teem de se apoiar nos outros para existir; mas todo aquele que ensina dando o exemplo, aprendendo a sacrificar a si mesmo pelo erguimento de todos, é como uma árvore robusta do Bem Eterno, manifestando o Senhor no solo rico da verdadeira fraternidade.


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
http://sicvosnonvobis-cesar.blogspot.com/

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