Sic vos non vobis

"Sic vos non vobis"... É por vós, mas não só para vós, que as coisas veem a ser feitas!

LIÇÕES DO "FONTE VIVA" COM ALTERAÇÃO DO REGISTRO DO FALAR.

sexta-feira, 4 de março de 2011

CRÔNICAS DA VIDA - "Ah, se eu soubesse..."


Porto Velho, 4 de março de 2011


Depois de ter lido as notícias a respeito no saite da Glogo, eu poderia contar uma história e a história poderia ser assim:

Era uma vez um homem chamado Rony, casado com Andréa e pai de Lavínia.
Rony era um homem tranqüilo – “não era de farra; não bebia nem fumava” como dizia seu pai – e vivia bem com Andréa.
Um dia, por razões desconhecidas de todos os seus, Rony trouxe Luciene como amante para dentro da sua vida e dos seus.
Em um outro dia, por crueldade insana, Luciene roubou Lavínia para sempre da vida dele e dos seus.
A polícia encontrou o corpo de Lavínia sem vida, caído em decubito dorsal debaixo da cama de um hotel, vestida com as roupas que a assassina lhe dera e estrangulada com o cadarço de um tênis.

Em 2 de março passado produzi uma pequenina crônica na qual comentava aquela coisa do “Ah, se eu soubesse”, para enfatizar como nós humanos, ignoramos o alcance que podem ter a extensão dos nossos atos e as responsabilidades que teremos em face disso.
Ver até onde vão os nossos atos depende da visão, e a visão é um sentido bem interessante do corpo humano. Ela não é uma coisa pronta do tipo “pegue e use”. A visão tem ajustes que cada um tem de fazer. Ao olhar uma fotografia, uns a trazem mais para perto dos olhos, outros afastam para mais longe... É assim. Cada um do seu jeito.
Hoje, a banalização do sexo faz com que demos a ele o mesmo tratamento de um pacote de salgadinhos “chips” ou o de um “Sonho de Valsa”... Pega-se, e come-se. Ah, e quanto se come, meu Deus!
Hoje, o Rony está vendo até onde está indo – porque ainda não parou – o fato dele achar que precisava de uma amante, dele ter optado por ter uma amante e dele ter escolhido Luciene para sua amante.

A polícia busca quem facilitou a entrada de Luciene. Os pais de Rony buscam entender como se enganaram tanto com ele. Andréa busca saber quem é esta criatura que ela pensava ser Rony. O policial que achou o corpo busca jeito de noticiar para a TV no embargo da voz. Já o pai, Rony, busca... sabe Deus o que.

Lavínia, se reconhecer que foi o braço de Deus que colheu-a tão cedo do jardim da vida, não buscará, não chorará, porque quem está com Deus não precisa de nada.
Por isso, amigos, peço-lhes preces.
Uma prece estranha, mas uma prece ainda assim, para a alma torpe e assassina de Luciene porque nenhuma pessoa está fora do alcance de Deus e de sua misericórdia.
Uma prece bem alegre, infantil, bem leve e solta, para Lavínia!
Uma prece generosa e cicatrizante para sarar o coração ferido de Andréa, a mãe.
Uma prece compreensiva para a visível humanização do policial.
E uma prece, caridosa e gentil, que sustente e console Rony. Esta pobre criatura humana que, no papel de pai, aprende no corpo estrangulado de sua amada filha, duríssima lição sobre o sexo irresponsável, nos aspectos de impropriedade, dever, respeito, fidelidade, leviandade, paternidade responsável, mentira e amor verdadeiro - que ele não soube ter.
Mas, para todos nós que não estamos tão bem assim com Deus, fica o consolo de saber que Jesus estava muito certo ao dizer, lá da cruz para seu Pai: - “Pai, perdoai-os. Eles não sabem o que fazem”. Porque, se soubéssemos, Rony não teria amante, Luciene não cometeria crimes e Lavínia estaria brincando e alegrando a vida de todos como só as crianças sabem fazer.






(FONTE VIVA – Com modificação do registro do falar.)


Todos os estudos anteriores a este no Fonte Viva acham-se no meu “Blog”. Siga-me lá:
http://sicvosnonvobis-cesar.blogspot.com/

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